Saber esperar...
- Bel Oliveira
- 9 de mai. de 2014
- 3 min de leitura
Atualizado: 28 de fev. de 2019
Hoje, milagrosamente, to escrevendo mais cedo (só observar os horários que posto..kkk). A inspiração bateu e resolvi fazer um post a respeito das esperas da vida (muito "filosofante"..haha). Devo confessar que a tal inspiração também se deu pelo fato de lá fora ter caído o maior toró, fiquei com muuita preguiça de qualquer movimento (sincerão!kkk).
Enfim, seja como for, o que me traz aqui hoje é o sentimento relativamente chato da espera. Eu não gosto de esperar nada, e acredito que a grande maioria das pessoas também não. Não é que eu seja ridiculamente impaciente, não é isso, é só que ficar agurdando as coisas acontecerem dá um sensação de importência geralmente.
Veja meu caso: estou em processo de mudança pra outro país, lugar que eu já conheço, já tenho vínculos e adoro. Voltei para o Brasil faz pouco tempo e aqui devo permanecer até resolver burocracias e afins. Isso vai levar uns 3 meses, imagino. Ok, a minha espera tem praticamente dia e hora pra acabar, mas nem sempre foi assim (pra mim e pra todo mundo, óbvio).
Das coisas que sempre quis - levando em consideração que meus desejos tem uma espécie de prazo de validade.. #aloka -, me lembro bem de sempre sonhar com a possibilidade de viver fora do meu país, de aprender o que não poderia aprender aqui, seja nos estudos ou na vida. Guardei esse sonho por anos a fio e sempre procurei me informar sobre intercâmbios, mobilidade estudantil, etc, qualquer coisa me desse a condição de realizar esse sonho, já que financeiramente eu não teria como fazer o desejo sair do papel por conta própria.
Muitas águas rolaram embaixo da ponte, muitas mesmo, e eu sempre aguardando a minha chance, esperançosa de que ela um dia viria. Me preparei como pude, estudei inglês (coisa que fazia desde muito nova, graças ao esforço da minha mãe, mas levei realmente a sério), fiz 2 anos de francês, procurei entender os hábitos dos locais e assim, foram 5 ou 6 anos nessa espera sem saber se realmente um dia algo iria acontecer, e também mudei de idéia a respeito de quais países tentar diversas vezes. Da América do Norte à Europa, incluindo também países vizinhos, pensei em muitos lugares possíveis.

Canadá, França, Argentina, Espanha, Portugal... a lista sempre foi muito extensa. Por um grande acaso do destino, eu acabei indo para a Suíça, mais precisamente Zurich, no início de 2013, e foi a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida. Que experência de vida incrível! Não foram muitos meses, depois tive que voltar e concluir meu semestre na faculdade (tudo muito apertado e corrido), e fiquei na promessa de voltar, mas sem saber se daria realmente certo novamente.
As sensações que tive nesse pouco tempo inicial foram as mais diversas: encantamento, dúvida, o famoso "se vira", saber falar algo em outra língua e morrer de felicidade por isso, etc etc etc... poderia descrever mil coisas, mas o fato é que no tempo que passei na Suíça em 2013, eu, mesmo que quase sem perceber, mudei algo em mim. Como eu agradeço aos envolvidos nessa realização!
Em janeiro desse ano eu voltei, por motivos bem pessoais, e é por esses motivos que estou de mala e cuia arrumados para retornar e dessa vez, se Deus quiser, permanecer. Tô numa correria sem fim aqui pra poder providenciar tudo o que preciso e me aquietar logo por lá, porque apesar da saudade que sei que vou sentir de tudo e de todos, meu coração me pede pra não desistir e tentar, e eu não quero me arrepender depois de não ter tentado.
Entre 2013 e 2014 eu viajei pra alguns destinos e gostaria de registrar aqui minha visão e dicas, já que o baúzinho ainda não existia. Vamos la? Eu sou muito observadora, ouço muito mais do que falo, mas tenho muitas histórias pra contar aqui...
Beijos e fé, acima de tudo!
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