Em abril de 2019 eu postei um vídeo sobre autoestima abrindo a 2a temporada de um projeto muito querido pra mim, o ReDi, e nele eu fazia reflexões sobre a minha experiência enquanto pessoa negra que foi criada pra “ser humilde” e viver abaixo do radar quando o assunto eram elogios dirigidos a mim, fosse o que fosse. Lá no vídeo eu disse e repito aqui: não acho que tenha sido um erro ter essa criação, minha mãe fez o que sabia de melhor e agradeço muito ❤️ mas fato é que depois de adulta, bom, cada um pondera suas experiências e segue aquilo que faz mais sentido, né? Ter tido esse tipo de ensinamento em casa por um lado foi bom, afinal me deu noção e me faz sentir vergonha alheia de determinadas noções de superioridade que vejo por aí 🤡 (dê um google no efeito Dunning-Kruger 🤓), mas por outro lado eu penso no quanto a minha vida teria sido mais fácil se tivesse sido ensinada a me admirar desde pequena. E não, não queria superestimar as minhas capacidades não... só gostaria de reconhecer sem pensar 2 vezes no que sou boa, ótima e excelente. Gostaria de ter entendido cedo que aceitar um elogio sincero sem dizer “não sou tudo isso” não significa “se achar” ou “não ser humilde”. Gostaria de não ter que me convencer sempre do quanto sou competente no que me proponho a fazer. Gostaria de me olhar no espelho e sempre me achar a grande gostosa que hoje sei que sou 🥵
São muitas coisas, muitos caminhos e muitas descobertas que venho fazendo sobre mim mesma nos últimos anos. E é sempre um sobe e desce, às vezes um “sou demais mesmo” ou um “nossa, que pessoa triste” 🤷🏾♀ Nunca é tarde pra refletir sobre como nos vemos no mundo e pra tentar entender porque nos acreditamos assim, então minha proposta é que você faça o exercício de se olhar como se fosse o outro, o de fora, e veja que tem beleza aí e tem espaço pra evoluir. Terapia ajuda (pregando a palavra kkkkk). Seguir o ditado “fake it until you make it” (finja até que atinja) também! As fotinhos 📸 como sempre são do @daniel_gerngross 🤩 Beijinhos, xóvens ❤️